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O que diz o especialista Nelson Rocha, sócio da Somat, à CNN sobre a bolsa de ativos sustentáveis no Brasil
Veja o que o especialista Nelson Rocha, sócio da Somat, tem a dizer sobre a bolsa de ativos sustentáveis no Brasil
Por que construir uma bolsa de ativos sustentáveis no Brasil? Essa é a pergunta que muitos estão se fazendo após o anúncio de que entrará em operação no Brasil uma plataforma/bolsa de ativos sustentáveis, fruto de uma parceria com a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform (Geap).
Esse questionamento é compreensível se considerarmos que existem muitos outros lugares que poderiam ser escolhidos para realizar essa operação.
Mas o que muitos não sabem é que essa escolha foi muito bem pensada e tem justificativas bem interessantes.
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Nelson Rocha, o sócio da Somat Contadores, especialista contábil, professor universitário e secretário de Estado de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro publicou um artigo na CNN Brasil explicando toda essa situação.
Continue a leitura conosco e confira!
Por que uma bolsa de ativos sustentáveis no Brasil?
O desenvolvimento econômico sustentável vem se tornando cada vez mais presente nas pautas de discussões de agentes públicos e privados com o objetivo de criar mecanismos de incentivo à realização de atividades que preservem o meio ambiente e sejam agregados de valor para o crescimento.
No Brasil, o Rio de Janeiro pretende se destacar como um importante indutor da economia verde, o que explica a operação da plataforma/bolsa de ativos sustentáveis, em parceria com a Nasdaq e a Geap.
Mas por que essas empresas escolheram o Brasil? Segundo Nelson Rocha, sócio da Somat Contadores e responsável pelo projeto Economia Verde – Nova Fronteira, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, que pretende transformar o Rio de Janeiro em um hub mundial para a negociação de ativos sustentáveis:
As respostas são objetivas: porque o nosso país é e será uma referência mundial na economia sustentável. Temos extensão territorial com uma cobertura vegetal que abrange cerca de 60% de sua área. E, segundo recente levantamento da ICC Brasil, na próxima década teremos potencial para suprir até 40% da demanda global do mercado voluntário de créditos de carbono.
Ainda conforme o especialista, o estado do Rio de Janeiro apresenta características únicas e atrativas:
Sediamos a Rio 92, primeiro grande palco de discussões sobre clima do planeta e onde foram definidas as bases para a criação do atual mercado de créditos de carbono. Depois, a Rio+20, quando novamente foram debatidas soluções globais para o meio ambiente. O território fluminense, por exemplo, segundo o Inventário Florestal Nacional, de 2018, elaborado pelo Serviço Florestal Brasileiro e a Secretaria de Estado do Ambiente, possui 31% de sua área coberta por florestas naturais – 1,3 milhão de hectares – e tem estoque de CO² de 73 milhões de toneladas.Também não podemos esquecer que temos uma das maiores florestas urbanas do mundo, a Floresta da Tijuca.
Além disso, há muitas outras vantagens destacadas por ele, como transparência nas negociações, padronização das transações, maior segurança aos investidores etc.
Vale ressaltar, por fim, que a expectativa desse projeto é:
Atrair, já com a consolidação do mercado de ativos ambientais, grandes fundos internacionais, que atualmente investem cerca de US$ 57 trilhões em empresas sustentáveis. Em uma projeção conservadora, se conseguirmos 2% desse valor, poderemos praticamente dobrar o PIB do Brasil.
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